Parentes dos três jovens mortos no Morro da Previdência em junho deste ano entraram com uma ação na Justiça do Rio contra o site de buscas Google.

O advogado João Tancredo, que representa as famílias, informou que a ação tem três objetivos: retirar do ar o endereço de páginas que trazem informações que considera falsas e que denigrem a imagem das vítimas; impedir que outras páginas com o mesmo teor sejam incluídas no Google e o pagamento de indenização pelo dano já causado. Alguns endereços remetem para páginas do site de relacionamento Orkut, comandado por uma filial brasileira do Google.

As mortes teriam acontecido depois que os três jovens foram entregues por 11 militares a traficantes do Morro da Mineira. Os militares já foram denunciados pelo Ministério Público Federal e respondem pelo crime na Justiça Federal.

“Nós temos a obrigação de zelar pelo bom nome do morto. As pessoas não podem sair denegrindo o bom nome que eles tinham em vida. O problema é que a informação falsa denigre e expõe de maneira grave o nome dos mortos e da família”.

Ele cita um exemplo: “Há uma página, por exemplo, que fala em anjinhos da Providência e quando você clica, remete para um texto falando mal das mães do Wellington e do Marcos Paulo, dizendo que elas eram ligadas ao tráfico na comunidade. Há páginas atribuindo a eles condutas criminosas que nunca ocorreram e não constam de nenhum documento e até fotos de pessoas que não são eles. Parece que querem justificar a matança, o que é injustificável”, argumenta o advogado.

Segundo o advogado, ao todo, 20 pessoas que, de alguma forma tinham laços de afetividade com as vítimas, sentiram-se prejudicadas pelo site. Entre elas, há pais, irmãos, avós, uma companheira, uma tia e uma sobrinha dos três jovens, Wellington Gonzaga da Costa Ferreira, David Wilson Florenço da Silva e Marcos Paulo Rodrigues Campos.

Primeiro passo: tirar do ar, diz advogado

O primeiro passo, segundo o advogado, é tirar essas páginas do ar. “Entramos com um pedido de antecipação de tutela, pedindo a retirada imediata dos endereços falsos do site do ar e a não inclusão de outros. Não é censura prévia. É o dever da informação certa. Se o Google não cumprir, pedimos o pagamento de multa diária no valor de mil salários mínimos”.

O advogado diz que o valor da indenização não foi definido no pedido. “O Google ganha dinheiro colocando qualquer informação na Internet, seja falsa ou não. O juiz é que vai atribuir o valor da indenização. É o livre arbítrio do juiz, mas ele deve levar em consideração a ofensa, que é grave, e o poder econômico de quem está causando a ofensa”, diz Tancredo.

Google vai tirar do ar as informações

O processo contra o Google está em andamento na 30ª Vara Cível do Rio e, por ser recente (foi distribuído no dia 21 de outubro), a empresa ainda não foi citada para se manifestar.

Mas, procurada pelo G1, a assessoria do Google adiantou que a empresa vai tirar do Orkut todas as informações determinadas pela Justiça assim que for notificada.

Já sobre a ferramenta de busca, a empresa diz que não produz seu conteúdo, apenas leva aos usuários os resultados disponíveis na Internet. A assessoria diz, ainda, que nesse caso, os responsáveis pela divulgação do conteúdo devem ser contatados.
Yahoo!

Ah, na minha opinião a Google não tem nada haver com isso ! Ele só pesquisa o que ja está na internet, acho que alguem tem que ser muito burro desinformado para processar o Google por uma causa dessa.


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